Seca: Reino Unido começa hoje a racionar o consumo de água em Londres. Milhões de britânicos proibidos de regar jardins, lavar carros ou encher piscinas

O Reino Unido está a enfrentar a pior seca desde 1976 e o governo britânico aplicou medidas de restrição ao uso de água em Londres e na região do vale do Tamisa, e deverá afetar milhões de residentes na capital britânica.

As novas regras deverão entrar em vigor esta quarta-feira, com a gestora privada do abastecimento público de água Thames Water a afirmar que o país vive “condições meteorológicas sem precedentes”.

“Os consumidores domésticos não deverá usar água para lavar carros, regar jardins, encher piscinas ou lavar janelas”, explica a empresa, citada pela ‘CNBC’, numa altura em que várias outras entidades gestoras do fornecimento de água em Inglaterra e no País de Gales já implementaram restrições ao consumo doméstico.

A Thames Water explica que as temperaturas extremas que se têm feito sentir no país, intensificadas pelas ondas de calor, levaram ao maior consumo de água em mais de 25 anos.

“O julho mais quente desde 1885, as temperaturas mais quentes de que há registo, e o Rio Tamisa a cair para os níveis [de água] mais baixos desde 2005 levaram a uma queda dos níveis dos reservatórios no Vale do Tamisa e em Londres”, elucida.

Contudo, a proibição temporária não abrange as empresas, mas a Thames Water garante que já apelou a que “tenham consciência da seca e a usarem a água com moderação”, podendo os negócios optar por desligarem fontes nos seus edifícios e abater-se de lavar as suas frotas automóveis.

“Aplicar a Proibição Temporária aos nossos consumidores tem sido uma decisão muito difícil e uma que não tomámos levianamente”, assegura a CEO da Thames Water, Sarah Bentley, que acrescenta que “após meses de chuva abaixo da média e das recentes temperaturas extremas em julho e agosto, os recursos de água na nossa região estão esgotados”.

A empresa salienta que “se tomarmos conhecimento de que os consumidores estão a ignorar as restrições, iremos contactá-los para assegurar que estão cientes das regras e sobre como podem usar a água de forma responsável e consciente”.

Para os que escolhem ignorar sistematicamente os avisos, a Thames Water diz haverá “punições criminais”.

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