Quando a Ucrânia se juntar à UE, a Crimeia vai atrás, garante Zelensky
O Presidente Volodymyr Zelensky reiterou, esta terça-feira, que “a Crimeia foi e é Ucrânia” e que “após a sua libertação, será parte da União Europeia, tal como todo o nosso Estado”.
A promessa foi feita durante uma intervenção na abertura da segunda edição da Plataforma da Crimeia, que arrancou hoje, em Kiev, e que tem como objetivo traçar os planos para recuperar o controlo dessa península ucraniana, ocupada e anexada pela Rússia em 2014.
Dirigindo-se à população na Crimeia, Zelensky assegurou que “nós vamos definitivamente voltar” e que, depois de expulsarem as forças de Moscovo, irá resolver “tudo o que os ocupantes fizeram na península”, incluindo do restauro do sistema judicial, cita o jornal ‘Pravda’.
“A degradação da Rússia começou com a apreensão da Crimeia, com o terror experienciado pelo povo tártaro da Crimeia”, frisou o líder ucraniano. “Começou com a Crimeia e acabará com a Crimeia”, lançou.
Numa conferência que conta com a representantes de mais de 60 países e organizações internacionais, Zelensky declarou que “as estradas da Crimeia serão as estradas de todo o continente europeu” e que “os portos da Crimeia serão os portos de toda a Europa”.
No mesmo encontro, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a anexação da Crimeia pela Rússia foi um ato de “força brutal” e uma “violação grosseira da integridade territorial da Ucrânia e do direito internacional”, que “marcou o início da deplorável tentativa de Putin para negar à Ucrânia a sua liberdade”.
Von der Leyen disse que, desde a anexação, “a Crimeia tem sido usada não apenas como uma base militar russa, mas também como um laboratório para métodos brutais que a Rússia está agora a implementar noutras partes ocupadas da Ucrânia”.