Agressor de Salman Rushdie volta hoje a tribunal indiciado de tentativa de homicídio em segundo grau

Hadi Matar, americano descendente de libaneses, tentou assassinar Salman Rushdie na passada sexta-feira com facadas no pescoço, quando o escritor proferia uma palestra em Nova Iorque. O homem será presente esta quinta-feira a um tribunal nesse estado norte-americano para formalizar as acusações de tentativa de homicídio em segundo grau.

Segundo avança a ‘Reuters’, o suspeito foi presente a um tribunal no condado de Chautauqua no passado sábado e declarou-se inocente quanto às acusações de que era alvo. Esta tarde, Matar voltará ao banco dos réus para enfrentar os procuradores e um grande júri, indiciado de tentativa de homicídio, para confirmação da acusação, de acordo com o gabinete do Procurador-Geral de Chautauqua, Jason Schmidt.

O ataque aconteceu 33 anos depois de Rushdie, autor da controversa obra “Os Versículos Satânicos”, ter sido condenado à morte pelo então líder supremo do Irão, o aiatola Ruhollah Khomeini, que emitiu uma fatwa, ou decreto islâmico, que apelava a que os muçulmanos em todo o mundo liquidassem Rushdie.

Apesar de afirmar que respeitava Khomeini, Matar assegurou que não tinha sido motivado pela fatwa e revelou só ter lido algumas páginas de “Os Versículos Satânicos”.

Numa entrevista publicada pelo ‘New York Post’, o suspeito disse que “não gosto muito dele” e que “ele é alguém que atacou o Islão, que atacou as crenças dos seus seguidores”.

Em reação ao ataque, o governo iraniano afirmou que o país não deve ser responsabilizado pelas ações de Matar, e as autoridades policiais norte-americanas acreditam que ele agiu sozinho e que ainda não conhecem a motivação.

Rushdie sofreu ferimentos graves, incluindo danos nos nervos de um dos braços, no fígado e poderá perder um olho.

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