Novo recorde: Mais de 700 mil hectares de floresta ardidos na UE desde janeiro. O equivalente a três Luxemburgos
Este ano, os fogos florestais na União Europeia já queimaram perto de 700 mil hectares, “o valor mais alto nesta época do ano desde 2006”, afirmou esta quinta-feira o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic.
Essa área é equivalente a quase três vezes a área total do Luxemburgo e é praticamente a mesma que a do Azerbaijão, aponta a ‘Euronews’.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS) indicam que Espanha foi o país da União Europeia que mais área florestal perdeu para os incêndios deste ano, com uma área ardida total que ultrapassa dos 283 mil hectares.
Em segundo lugar surge a Roménia, com 150.735 hectares de área queimada, e em terceiro aparece Portugal, com 86.631 hectares.
O número de incêndios na região também tem vindo a subir nos últimos anos, com uma média atual de mais de 2.300 fogos até meados de agosto, contra a média de 1.349 que se registou no período entre 2006 e 2021.
O agravamento do fenómeno dos incêndios tem sido intensificado pelas alterações climáticas, tendo muitos fogos este ano sido alimentados pelas várias ondas de calor que assolaram os países da UE, bem como devido a falta de chuva que está a ressequir os solos europeus, com o Centro de Investigação Conjunta da Comissão Europeia a afirmar que se trata da pior seca dos últimos 500 anos.
Bruxelas revela que, “nos últimos dois meses, 29 aviões e oito helicópteros foram mobilizados em toda a Europa”, ao abrigo do mecanismo europeu de Proteção Civil.
“Até agora, o mecanismo de Proteção Civil foi ativado nove vezes por cinco países”, avança o comissário europeu.
#forestfires: More than 700,000 hectares already burned, the highest value at this time of the year since 2006.
So far, the 🇪🇺 Civil Protection Mechanism has been activated 9 times by 5 countries, with an unprecedented degree of #EUsolidarity. https://t.co/Z0YMRpitbL
— Janez Lenarčič (@JanezLenarcic) August 18, 2022
Perante este cenário, a Comissão já se comprometeu a financiar os Estados-membros na compra de 12 novas aeronaves para o combate aos incêndios. Contudo, estima-se que os primeiros desses veículos só estejam disponíveis a partir de 2026.