Genebra é “ponto quente” para espionagem internacional: Agentes russos são “às dezenas”, alertam secretas suíças

O Serviço Federal de Inteligência da Suíça informou esta segunda-feira, em comunicado, que “a atividade de espionagem está já num nível elevado” e que a capital Genebra “continua a ser um ponto quente para a espionagem”.

As secretas suíças revelam que “recentemente, vários Estados europeus expulsaram agentes de inteligência russos, o que poderá levar os serviços russos a destacar as suas forças em países, como a Suíça, que ainda não realizaram essas expulsões”. É também referido pelas autoridades suíças que estarão a operar no país “várias dezenas” de agentes dos serviços de inteligência russos.

“A espionagem e o cibercrime representam uma ameaça permanente” para o país, sublinha os serviços de inteligência, e explicam que o aumento dessa atividade clandestina se deve ao facto de em Genebra estarem instaladas “numerosas organizações que são consideradas como alvos apetecíveis para a espionagem”. Entre elas, contam-se organizações internacionais, como as Nações Unidas, missões diplomáticas de vários países e também diversas empresas e centros de investigação, cujos frequentes eventos que realizam criam as condições propícias à operação de agentes de serviços de inteligência de outros Estados.

As tensões entre a Suíça e a Rússia têm vindo a aumentar desde fevereiro passado, quando o governo de Berna se colocou ao lado da União Europeu na aplicação de sanções contra o regime de Vladimir Putin, no contexto da agressão militar lançada sobre a vizinha Ucrânia.

Citado pela ‘Bloomberg’, o diplomata suíço que esteve em Moscovo entre 2000 e 2004, conta que “Genebra continua a ser o coração das atividades de espionagem na Suíça”, acrescentando que sabemos que várias dezenas de agentes estão ativos nas missões diplomáticas e consulares lá”.

As secretas suíças explicam que “se espera que a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia tenha um impacto duradouro nas políticas de segurança nacional e internacional” e sublinham que Moscovo “não apenas cometeu uma séria violação do direito internacional, mas também destruiu a ordem de segurança europeia com décadas de existência”. E deixam um alerta: “O risco de um confronto militar direto entre a Rússia e a NATO aumentou”.

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