25% das empresas portuguesas preveem aumentar as suas frotas automóveis em três anos, revela barómetro

Quase metade das empresas (47%) que pretendem aumentar o seu parque automóvel apoiam a decisão no crescimento do negócio, uma opinião partilhada por 66% das empresas a nível europeu. As empresas também estão a prestar mais atenção à mobilidade alternativa.

O “Barómetro Automóvel e de Mobilidade 2022”, realizado pela Arval Mobility Observatory, revela que 71% das empresas portuguesas pretende manter a atual frota de automóveis, mas 25% diz ter planos para aumentá-la ao longo dos próximos três anos. Somente cerca de 3% admite querer reduzir o seu número de veículos.

A Arval considera que essas intenções das empresas portuguesas são motivadas por uma confiança face à evolução do contexto económico global.

Por outro lado, 25% das empresas está a considerar, ou já implementou, mudanças nas suas políticas de mobilidade, como forma de se melhor se adaptarem aos modelos de trabalho remoto e híbrido.

O estudo revela também que as Pequenas e Médias Empresas (PME) em Portugal estão hoje a recorrer mais ao aluguer de veículos do que antes da pandemia de Covid-19, com 34% a seguirem modelos de leasing, 11% escolhem o renting e 9% preferem o crédito automóvel. A procura pelo renting cresceu 57% entre 2020 e 2022. Contudo, a maior parte das PME (47%) optam pela compra direta de veículos para as suas frotas.

No universo da mobilidade alternativa, 47% das empresas portuguesas já conta hoje nas suas frotas com pelo menos um veículo híbrido, plug-in ou totalmente elétrico. Mas esses números podem vir a subir, visto que 27% das empresas pretendem integrar viaturas totalmente elétricas até 2025 nos seus parques automóveis.

Há, no entanto, obstáculos à adoção massiva da mobilidade elétrica por parte das empresas portuguesas, e um deles prende-se com a falta de pontos de carregamento junto às residências dos trabalhadores. O preço de compra de carros elétricos é também um dos principais dissuasores de uma maior adoção deste género de mobilidade pelas empresas.

Aponta a análise que em Portugal o automóvel particular é usado por 56% dos trabalhadores nas deslocações diárias entre casa e o local de trabalho, contra os 28% que utilizam os transportes públicos e os 14% que usam modelos de partilha de viaturas.

As empresas portuguesas estão também a render-se à tendência dos automóveis conectados, com 40% a dizerem já ter carros dotados de tecnologia de telemática, frente à média europeia de 33%. Os decisores empresariais considerem que a utilizam desses veículos permite mais facilmente localizar as viaturas e promover a segurança dos utilizadores.

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