Quase 60% dos CEO esperam uma “muito breve e suave recessão”. Executivos acreditam que inflação reduza nos próximos anos

Estudo realizado pela ‘Conference Board’ aponta a queda do sentimento dos diretores-executivos face à atual conjuntura económica durante o segundo trimestre do ano. Aumentos dos preços e disrupções nos abastecimentos fazem tremer confiança dos líderes empresariais.

Os CEO esperam que a política monetária mais dura seguida pela Reserva Federal norte-americana resulte numa redução da inflação “ao longo dos próximos anos”, mas consideram que “as subidas das taxas de juro que irão controlar a inflação causarão uma recessão – ainda que seja uma recessão muito breve e suave”, aponta o estudo.

É o quarto trimestre consecutivo a registar a diminuição da confiança dos CEO, uma queda fortemente alimentada pela guerra na Ucrânia e pelo ressurgimento de focos de infeção por Covid-19 na China. “As expectativas para as condições futuras são também negras”, explica Dana Peterson, economista-chefe da ‘Conference Board’, “com 60% dos executivos a antecipar o agravamento do quadro económico durante os próximos seis meses”.

A fraca confiança dos líderes empresariais é também justificada por um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, com uma taxa de desemprego historicamente baixa e uma procura intensa por parte dos empregadores. Esta conjuntar fez com que quase 70% dos executivos aplicasse aumentos salariais generalizados nas suas empresas, revela a análise.

No segundo trimestre, 61% dos CEO disse que as condições económicas estão piores, face aos 35% que tinham opinião no trimestre anterior. Ainda, 91% dos executivos tem planos para aumentar os salários dos seus trabalhadores em 3% ou mais no próximo ano, face aos 85% que disseram o mesmo no período entre janeiro e março deste ano.






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