Portugueses escolhem Delta, Farfetch e Bosch como as empresas mais atrativas para trabalhar, aponta estudo da Randstad

Nos últimos três meses de 2021, 13% dos trabalhadores mudaram de emprego, uma subida de 9% que é mais expressiva nas camadas mais jovens. Os portugueses procuram trabalhos que ofereçam melhores salários e um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional.

O estudo “Employer Band Research 2022”, da Randstad, que abrangeu quase 5.000 pessoas em Portugal continental e ilhas, aponta que, no que toca às empresas mais atrativas para trabalhar, os portugueses colocaram, pelo segundo ano consecutivo, a Delta Cafés no topo da lista, seguida pela Farfetch, pela Bosch, pela Nestlé e pela Hovione.

Relativamente aos setores que mais captam o interesse dos trabalhadores, a Saúde surge em primeiro lugar, seguida do segmento de TI, Consultoria e Telecomunicações. Em terceira posição é ocupada pela indústria automóvel, a quarta pelo Turismo, Desporto e Entretenimento, e a quinta pela indústria alimentar e pelo ramo de ‘fast-moving consumer goods’.

A análise revela que os portugueses consideram que os cinco fatores mais importantes no momento da escolha de um emprego são a atratividade do salário e dos benefícios (72%), o equilíbrio entre vida profissional e pessoal (67%), um bom ambiente de trabalho (67%), a estabilidade profissional (64%) e as perspetivas de progressão na carreira (64%). Os números são semelhantes aos verificados no estudo do ano passado, mas estão acima da média europeia nos mesmo indicadores.

No que toca aos benefícios que os portugueses mais valorizam, o estudo aponta o trabalho flexível, a progressão na carreira e a aquisição ou o reforço de capacidades. O CEO da Randstad Portugal, José Miguel Leonardo, sublinha que “a rápida transformação digital acelerou o risco das competências atuais se tornarem obsoletas”, destacando que “os profissionais têm o desafio de se reinventarem num mercado de trabalho em constante mudança, e as empresas devem ter isto em consideração”.

Para 33% dos trabalhadores portugueses, nomeadamente entre os 18 e 24 anos, ter um emprego é hoje mais importante do que era em 2021. A progressão na carreira assume-se como um fator de grande relevo para 81% dos portugueses, sendo que na faixa dos 18 aos 34 anos essa percentagem sobre para 85%.

Com a redução da intensidade do cenário pandémico, os trabalhadores em regimes de teletrabalho caíram de 52% em 2021 para 38% em 2022. Nesse campo, são as mulheres com maiores habilitações literárias que mais trabalham a partir de casa. Por outro lado, 32% dos portugueses diz que não pode ou não lhes é permitido trabalhar a partir de casa. Atualmente, 23% dos portugueses trabalha exclusivamente a partir de casa, mas somente 14% espera manter esse regime no futuro.

Ainda, 26% dos portugueses diz que planeia mudar de emprego ainda este ano, uma subida face aos 20% de 2021. Essa intenção é mais expressiva junto das mulheres, dos menores de 35 anos e dos que têm maiores habilitações literárias.

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