Seis tweets de Musk que levaram à derrapagem das ações da Tesla
No fim de semana passado, 58% dos 3,5 milhões de utilizadores do Twitter votaram “sim” a uma sondagem sobre se Elon Musk deveria vender 10% das suas ações da Tesla, recorda a ‘Bloomberg’.
Na segunda-feira, as ações da Tesla caíram até 7,3%, a maior quebra em oito meses.
Seja qual for a tomada de posição de Musk, a nova interação com os internautas veio mais uma vez deixar clara uma certa dependência estratégica face à rede social, onde possui uma forte legião de fãs.
A ‘Bloomberg’ reuniu outros cinco tweets com que Musk abalou o mercado:
1- Um dos casos prende-se com o acordo da Hertz Global Holdings para a compra de 100.000 Teslas para a sua frota de aluguer de carros, minimizando o acordo de 3,62 mil milhões de euros (4,2 mil milhões de dólares); no dia seguinte, as ações da Tesla caíram 3%.
2- Em maio do ano passado, Musk desencadeou uma tempestade de tweets em que dizia que estava a vender quase todos os seus bens e que as ações da sua empresa estavam muito altas. As ações caíram 10% imediatamente, apesar de terem recuperado totalmente nos três dias seguintes.
3- Em fevereiro de 2019, Musk corrigiu uma previsão de quantos carros a Tesla iria fabricar naquele ano, poucas horas depois de publicar um tweet em que a produção anual chegaria a cerca de 500.000 veículos; contudo, pretendia escrever que a Tesla esperava fabricar carros a uma taxa anual de cerca de 500.000 até o final de 2019. As ações caíram 3.7% a seguir.
4- Mais tarde, Musk escreveu no Twitter que tinha recorrido a grandes armas do Goldman Sachs Group Inc. e da conhecida empresa da Silicon Valley Silver Lake Management LLC como consultores; as ações continuaram a cair, chegando a derrapar 15% em quatro dias.
5- No dia das mentiras, o tweet de Musk de que a Tesla estava “completa e totalmente falida” foi publicado na sequência de uma série de más notícias para a fabricante, incluindo problemas na produção, escrutínio regulatório sobre o seu sistema de assistência ao condutor Autopilot e uma avaliação de lixo pela Moody’s Investors Service, o que levou a uma quebra das ações até 8,1%.