Pequim combate concorrência desleal na internet. Ações das tecnológicas chinesas caem
A Administração Estadual chinesa para a Regulação do Mercado (SAMR), emitiram hoje um novo decreto que visa combater a concorrência desleal das empresas que operam na internet.
Segundo o novo decreto de Pequim as entidades que fornecem produtos e serviços online, estão “expressamente proibidos” de ocultar avaliações negativas sobre o seu trabalho.
O documento, proíbe também as plataformas a utilizarem dados, algoritmos ou “outros meios informáticos” para influenciar as escolhas dos internautas. A tecnológicas chinesas passam assim a não poder redirecionar utilizadores, para sites, uma política amplamente usada por vários players em todo o mundo.
Os operadores estão ainda proibidos de recolher e analisar, através de dados e algoritmos “obscuros” as informações sobre os seus concorrentes.
Estas novas normas ainda não entraram em vigor, estando sob consulta pública até ao dia 15 de setembro. No decreto está previsto a possibilidade da SAMR contratar auditoras, responsáveis por perceber se estas regras estão a ser cumpridas.
No início deste ano, Pequim promulgou um diploma direcionado para o direito da concorrência a para aquilo que chama de “economia das plataformas online”.
Depois desta notícia, o HANG Seng TECH, o principal índice de tecnologia de Hong Kong sofreu uma queda de 3.13%, para os 6,218.89 pontos, de acordo com a página do índice.
As ações da gigante chinesa de videojogos Tencent caiu 3,5% no início da sessão, enquanto a Alibaba sofreu uma queda de 2,5%.
Em abril a Alibaba recebeu uma multa de mais de dois mil milhões de euros. Pequim defende que a empresa “trabalhava em monopólio”.
E julho, a SAMR embargou o plano da Tencent de fundir os sites de streaming e videojogos Huya e Rio Huya, “por questões ligadas à concorrência”.