Vistos ‘gold’: Investimento cai 60% em julho para 22,1 milhões de euros

O investimento captado através dos vistos ‘gold’ caiu 60% em julho, face a igual mês de 2020, para 22,1 milhões de euros, de acordo com as contas feitas pela Lusa com base nos dados do SEF.

Em julho, o investimento resultante do programa de Autorização de Residência para Investimento (ARI) atingiu 22.197.726,03 euros, menos 60% em termos homólogos (56 milhões de euros) e um recuo de 39% face a junho (36,4 milhões de euros).

Segundo os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), no mês passado foram concedidos 41 ARI, dos quais 35 por via da aquisição de compra de bens imóveis (11 para reabilitação urbana) e seis por transferência de capitais.

A compra de bens imóveis somou em julho um investimento de cerca de 20 milhões de euros, dos quais 3,9 milhões de euros para reabilitação urbana, enquanto a transferência de capitais somou 2,1 milhões de euros.

Por países, foram concedidos 10 vistos ‘dourados’ à China, cinco aos Estados Unidos, cinco à Rússia, quatro ao Brasil e três à Turquia.

Nos primeiros sete meses do ano foram atribuídos 486 vistos ‘gold’, dos quais 55 em janeiro, 100 em fevereiro, 73 em março, 98 em abril, 52 em maio, 67 em junho e 41 em julho.

Entre janeiro e julho, o investimento captado por via deste instrumento ascendeu a 259,8 milhões de euros, um recuo de mais de 40% face aos 439 milhões de euros registados nos primeiros sete meses do ano passado.

O programa de concessão de ARI, lançado em outubro de 2012, registou até julho último – em termos acumulados – um investimento total de 5.898.831.577,11 euros. Deste montante, a maior parte corresponde à compra de bens imóveis, que ao fim de mais de oito anos de programa soma 5.337.491.502,47 euros, sendo que a compra para reabilitação urbana totaliza 319.135.316,77 euros.

O investimento resultante da transferência de capitais é de 561.340.074,64 euros.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 9.875 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018, 1.245 em 2019, 1.182 em 2020 e 486 em 2021.

Até julho foram atribuídos 9.265 vistos por via de compra de imóveis, dos quais 885 tendo em vista a reabilitação urbana.

Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 590 e 20 por criação de postos de trabalho.

Por nacionalidades, a China lidera a atribuição de vistos (4.953), seguida do Brasil (1.028), Turquia (470), África do Sul (409) e Rússia (388).

Desde o início do programa foram atribuídas 16.762 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 712 este ano.

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