OE2021: Finanças esperam deflação de 0,1% em 2020 e inflação de 0,7% para o ano

O Ministério das Finanças espera que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registe uma deflação de 0,1% este ano, mas aponta para uma inflação em 0,7% no próximo, segundo o relatório do Orçamento do Estado para 2021.

“A inflação medida pelo IPC, deverá aumentar em 2021, prevendo-se um crescimento de 0,7%, após um recuo em 2020 (-0,1%)”, pode ler-se no relatório que acompanha a proposta de Lei do Governo para o Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

No seu documento, “e de acordo com as estimativas das instituições”, o Governo aponta ainda que a inflação medida pelo Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor (IHPC) fique entre os -0,2% apontados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e os 0,2% do cenário ‘one-hit’ da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), “após registar um crescimento de 0,3% em 2019”.

“Para 2021, o crescimento previsto para os preços no consumidor oscila entre 0% (cenário double-hit da OCDE) e 1,4% (FMI). A previsão do atual cenário aponta para uma redução de 0,1% para 2020 e um aumento de 0,7% em 2021, enquadrando-se nos intervalos anteriormente referidos”, pode também ler-se no relatório hoje apresentado pelo Governo.

A Comissão Europeia estimou em junho uma inflação nula para Portugal em 2020, apontando para uma subida dos preços de 1,2% em 2021.

Já o Conselho das Finanças Públicas previu, em setembro, uma inflação de 0,1% para 2020 e de 0,7% para 2021.

O Banco de Portugal, que não apresentou números para 2021, estimou uma inflação nula para este ano.

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