77% dos líderes empresariais querem gerar receitas com Inteligência Artificial já este ano, mas talento continua a ser desafio

Um estudo da consultora Emergn revela que 77% dos líderes empresariais planeiam gerar receitas a partir de novas soluções de Inteligência Artificial (IA) já a partir do próximo ano. Apesar do entusiasmo, muitos executivos alertam para riscos.

André Manuel Mendes
Setembro 15, 2025
9:00

Um estudo da consultora Emergn revela que 77% dos líderes empresariais planeiam gerar receitas a partir de novas soluções de Inteligência Artificial (IA) já a partir do próximo ano. Apesar do entusiasmo, muitos executivos alertam para riscos.

O estudo, intitulado “Intelligent Delusion”, mostra que 57% reconhecem que as expectativas estão a crescer mais rapidamente do que a capacidade de as concretizar, e 55% admitem ainda não ter talento suficiente para atingir os objetivos definidos.

“O desafio não está apenas em adotar tecnologias avançadas, mas em colmatar lacunas de talento, competências e capacidade organizacional. Quanto mais inteligente for a tecnologia, mais fácil se torna sobrestimar a sua promessa e subestimar a condição humana necessária para o sucesso”, afirma Alex Adamopoulos, fundador e CEO da Emergn.

Apesar destes riscos, o otimismo mantém-se: 81% das organizações reportaram retorno positivo sobre o investimento em iniciativas de IA no último ano, reforçando a confiança de que, nos próximos 12 meses, os projetos vão gerar ganhos financeiros.

“A experiência mostra que não basta introduzir IA nos processos. É preciso alinhar tecnologia, talento e estratégia de produto para que a inovação seja duradoura e competitiva. No nosso hub em Portugal, trabalhamos lado a lado com os clientes para transformar ambições em resultados tangíveis”, reforça Pedro Fernandes, Automation Practice Lead da Emergn, que lidera as iniciativas de automação e projetos em IA da Emergn a partir do escritório do Porto.

O estudo revela ainda que a gestão de produtos se tornou um eixo estratégico da transformação digital. Em 2025, 87% dos líderes aumentaram o investimento nesta área, face a 26% no ano anterior, e mais de 65% consideram-na fundamental para a estratégia futura.

O estudo aponta ainda uma mudança nas estruturas de liderança: 43% das organizações nomearam um Chief Product Officer (CPO) no último ano, face a 31% no período anterior, reforçando a integração de estratégias de produto com tecnologias emergentes como a IA.

O inquérito da Emergn envolveu 751 executivos — incluindo CEOs, CTOs, COOs e outros líderes de transformação operacional — de empresas com mais de 1.000 colaboradores e receitas anuais superiores a 500 milhões de dólares. Com sede em Londres e presença em mais de 12 países, a Emergn conta em Portugal com uma equipa de 80 profissionais que desenvolve soluções adaptadas ao contexto de cada cliente, assegurando a adoção de IA acompanhada por estratégias de produto sólidas e programas de capacitação.

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